Conheça a história da Letícia

O esporte já me proporcionou diversas experiências nestes 11 anos; boas como medalhas de ouro e prata em mundiais, prata e bronzes em jogos Parapanamericanos, centenas de medalhas em campeonatos nacionais, mas também situações que me exigiram respirar fundo e fazer o que eu sabia que era capaz. Hoje o esporte me coloca de frente pra mim mesma e me faz questionar quem sou e o que quero, onde quero chegar e de que forma. 

 

Ultimamente tenho enfrentado conflitos entre aquilo que acredito que sou capaz e o que o cronômetro insistentemente vem mostrando. Nunca fui uma atleta extremamente dedicada aos treinos mas sempre gostei muito de competir. Porém, a maturidade e a concorrência cada vez mais forte me fez repensar sobre hábitos e costumes e resolvi mudar, melhorar. Mudei rotina alimentar, aos treinos me dedico muito mais, o meu corpo está visivelmente melhor, mais forte. O formato do treino também foi modificado, a vontade e a certeza de que posso melhorar estão aqui dentro mas ainda não se concretizou... Por quê? Me pergunto ao final de cada competição foco. O que mais falta? Antes o que eu doava de mim não era nem 70% do que hoje eu ofereço e mesmo assim falta algo... 

 

A natação paralímpica não faz divisão de categorias por idade, isso me deixa em algumas situações de desvantagem quando se trata do vigor de um corpo jovem com os quais concorro, porém, tenho experiência de vida, tenho uma filha de 4 anos a quem quero ser referência de persistência e sucesso, tenho vivências pra usar a meu favor dentro da água, durante os dias cansativos de treino, durante períodos que antecedem as competições e, principalmente, pra saber que vai chegar a hora de me sentir pronta novamente pra cair na água e ver o placar com os números que desejo.

 

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